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RETRATO DE MÃE

RETRATO DE MÃE

RETRATO DE MÃE

Retrato de Mãe

Uma Simples mulher existe que, pela imensidão de seu amor, tem um pouco de Deus;

e pela constância de sua dedicação, tem muito de anjo; que, sendo moça pensa como uma anciã e, sendo velha , age com as forças todas da juventude;

quando ignorante, melhor que qualquer sábio desvenda os segredos da vida e, quando sábia, assume a simplicidade das crianças;

pobre, sabe enriquecer-se com a felicidade dos que ama, e, rica, empobrecer-se para que seu coração não sangre ferido pelos ingratos;

forte, entretanto estremece ao choro de uma criancinha, e, fraca, entretanto se alteia com a bravura dos leões;

viva, não lhe sabemos dar valor porque à sua sombra todas as dores se apagam, e, morta tudo o que somos e tudo o que temos daríamos para vê-la de novo, e dela receber um aperto de seus braços, uma palavra de seus lábios.

Não exijam de mim que diga o nome desta mulher se não quiserem que ensope de lágrimas este álbum: porque eu a vi passar no meu caminho.

Quando crescerem seus filhos, leiam para eles esta página: eles lhes cobrirão de beijos a fronte; e dirão que um pobre viandante, em troca da suntuosa hospedagem recebida, aqui deixou para todos o retrato de sua própria Mãe.

(Tradução de Guilherme de Almeida)


Autor: Don Ramon Angel Jara - Bispo de La Serena -Chile

A ESPERANÇA DO PARKINSON

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

A IMPORTÂN CIA DA DANÇA PARA O PK


Cientista mostra que a dança melhora a capacidade cognitiva de portadores da Doença de Parkinson
                                           Publicada em 06/08/2011
                                                     Fernando DuarteComente
          LONDRES - Os frequentadores do Festival de Edimburgo, uma congregação anual de atores, comediantes e uma gama de outros artistas, estão acostumados com o inusitado. Pouca gente que compareceu ao programa deste ano, porém, estava preparada para Peter Lovatt: além de ter diante de si um cientista que não apenas defende o papel terapêutico da dança, a plateia viu um acadêmico que não se furta a sacudir os próprios ossos.
          Ex-dançarino profissional com doutorado em Psicologia pela Universidade de Cambridge, Lovatt se vê numa missão de defesa e promoção de seus estudos. Até porque, alguns resultados têm sido surpreendentes mesmo para os colegas que torcem o nariz para os métodos pouco ortodoxos desse inglês de 46 anos. Ao mesmo tempo que o Laboratório de Psicologia da Dança que ele coordena na Universidade de Hertfordshire gera publicidade em talk shows e programas de variedades, também gera resultados em estudos sobre passos e firulas na capacidade cognitiva de portadores da Doença  de Parkinson. Lovatt e sua equipe constataram que dançar combate os efeitos mentais degenerativos da doença.
          - Já existem outros estudos mostrando que a dança ajuda nas questões de mobilidade e equilíbrio dos portadores de Parkinson, mas o que pudemos ver nos nossos estudos é que há também influência cognitiva, sobretudo no processo de pensamento divergente, em que é preciso encontrar mais de uma solução apropriada para um problema. Basicamente a dança é melhor do que o exercício tradicional para essas pessoas - explica o cientista.
         Os resultados de um trabalho de três meses com grupos de pacientes revelam ainda dados curiosos sobre os efeitos cognitivos: enquanto formas de improvisação de dança influenciaram o pensamento divergente, formas estruturadas, em especial o tango, desenvolveram efeitos no pensamento convergente (o que busca uma única solução para determinado problema). Nesse caso mais específico, Lovatt detectou acelerações em apenas 15 minutos de dança.
          - Foi um resultado que também vimos nos experimentos com gente saudável. Imagine se as escolas pudessem incentivar mais movimentação dos alunos em vez de deixá-los sentados o dia inteiro. Ainda não sabemos como, mas está claro que a dança tem influência nos processos neurais. No caso do Parkinson, por exemplo, os cérebros de quem tem a doença podem estar desenvolvendo caminhos alternativos, driblando as partes afetadas - especula o cientista.
          O exercício de imaginação tem também um aspecto pessoal: disléxico, Lovatt tinha sérias dificuldades e passou por anos de estudo sem conseguir obter as qualificações obrigatórias para tentar um curso universitário - não que ele fizesse muita questão na época, diga-se de passagem. Seus esforços eram destinados à dança e ele trabalhou anos como profissional participando de produções teatrais e mesmo de turnês em cruzeiros.
          - Não tinha o menor interesse no meio acadêmico, achava fora da realidade. Só aprendi a ler de verdade quando comecei a usar o ritmo da dança para me ajudar com palavras mais complicadas. Foi quando comecei a ver que estava fazendo basicamente o que todo mundo faz quando gesticula em busca das palavras: algum tipo de movimento - explica Lovatt.
          E se os benefícios de exercícios físicos já foram mais que divulgados pelo meio acadêmico, o cientista-dançarino acredita que é necessário expandir o corpo de estudos sobre a dança. Especialmente porque nem tudo são flores no que diz respeito a seus efeitos.
          - No laboratório, por exemplo, estamos trabalhando com análises de casos de bailarinas clássicas adolescentes, cuja baixa-estima costuma ser menor que a de meninas da mesma idade que não dançam. Estamos testando tanto a hipótese de que o meio do balé afeta os sentimentos das bailarinas quanto a de que meninas de baixa auto-estima procuram a dança clássica justamente porque a dificuldade técnica reforça sua autopiedade.
          Lovatt defende, sobretudo, um maior reconhecimento da dança como parte da base social do ser humano. Por mais que homens e mulheres do século XXI já não precisem tanto de seus passos como parte dos esforços de acasalamento - ou mesmo na esfera psicológica - os estudos em Hertfordshire vêm mostrando que esta relação é mais complexa do que se imaginava.
         - É por isso que apareço em programas de TV ou organizo shows como o de Edimburgo. A dança é uma parte importante na história humana e as evidências de que tem influência muito maior do que imaginávamos são motivos de sobra para que todos prestem um pouco mais de atenção - finaliza Lovatt.
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